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Como a psicologia trabalha a sexualidade? Estarão nossos psicólogos preparados para trabalhar estas questões com profundidade?
A sexualidade humana ainda gera tabus que precisam ser quebrados e devidamente desmistificados, para que cada vez mais haja inclusão e respeito a todas as pessoas, independente de suas vidas íntimas.
Nos consultórios de psicologia temos notado uma crescente busca por terapia individual, com o objetivo de desenvolver e trabalhar o autoconhecimento, bem como, trabalhar as questões e conflitos emocionais que são gerados por pessoas que não têm sua sexualidade compreendida por familiares ou mesmo em ambiente de trabalho.
Então, como deve ser o comportamento do psicólogo frente a problemas e questões relacionados à homossexualidade, pansexualidade e diversidade de gêneros?
Hoje vamos conversar um pouco mais a respeito destes temas.
Muito temos ouvido falar acerca da aceitação e do preconceito em relação ao “diferente”, do que não se encaixa nos padrões culturais, biológicos e sociais em que estamos inseridos.
Estamos realmente preparados para conviver com aquilo que foge do que a sociedade tradicional entende como padrões aceitáveis?
Tanto a homossexualidade, quanto a pansexualidade e a diversidade de gêneros ainda são tratados como desvio de conduta por parte da população, o que faz com que muitos se sintam cercados de preconceitos e culpa.
Isso tudo pode acarretar no desenvolvimento de problemas psicológicos e emocionais aos indivíduos que vivem estas situações, devido à forma como são vistos no meio em que convivem.
Identidade sexual
O conceito de identidade sexual e a própria sexualidade humana são objetos de transformação e passam pela aceitação do que a sociedade julga como anormal. A ordem cultural influencia na interação com aquilo que é considerado diferente.
Neste contexto, a psicologia tem o papel de compreender e acolher pessoas cuja sexualidade não se encaixa nos padrões pré-estabelecidos como normais pela sociedade.
O indivíduo que busca ajuda da psicologia para entender e aceitar a sua condição sexual deve encontrar um profissional que compreenda a sua identidade, orientação e prática sexual como expressões afetivas e naturais dos desejos.
É fundamental que ele tenha a plena convicção de que encontrará nesse profissional alguém que não o julgue ou discrimine. A psicologia não pode e não deve encarar esses casos como transtornos psicopatológicos porque não o são.
Como o psicólogo deve contribuir no processo?
Primeiramente é necessário que o profissional tenha de forma clara em mente que a orientação sexual não configura indicação de enfermidade mental e que respeite – sem julgamentos de qualquer natureza -, os relacionamentos das pessoas.
Confira no nosso guia completo sobre psicólogo e terapia. Nele você encontrará dicas de como selecionar o psicólogo certo para você.
O profissional precisa estar ciente das dificuldades causadas pelo estigma social aos membros dos grupos e da violência física e psíquica que estes podem sofrer colocando em risco a sua saúde mental.
A homofobia e os demais preconceitos são fatores que influenciam diretamente na autoestima e na autoaceitação das pessoas que vivem o problema, podendo afetar diretamente a maneira como eles chegam à terapia e como participam no processo terapêutico.
O psicólogo precisa ter o seu conceito de casal e família ampliado e não estar preso às ideias de casal formado apenas por duas pessoas de sexos diferentes.
Além disso, deve ter consciência de suas próprias limitações e preconceitos a respeito do tema para que isto não venha a influenciar no tratamento com o paciente.
Administrando as dificuldades
O psicólogo deve também estar consciente do impacto negativo que a identidade do paciente possa ter em sua família e no meio de convívio, entendendo, assim, as dificuldades trazidas pelo indivíduo e por seus familiares.
O tratamento negativo da sociedade no que diz respeito às questões relacionadas à homossexualidade, pansexualidade e diversidade de gêneros traz sofrimento psicológico aos indivíduos envolvidos.
Eles desenvolvem sentimentos de exclusão, isolamento e solidão que, muitas vezes, levam à ansiedade e depressão.
Diante deste contexto, se torna mais difícil o autoconhecimento e a autoaceitação.
E, nesse processo, o papel do psicólogo ajuda significativamente, já que a psicologia trata os conflitos psicológicos que a não aceitação causa ao invés de encarar esses conflitos como um desvio de conduta.
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Autor: psicologa Tamiris Mariana Silva Lax - CRP 06/169225Formação: A psicóloga Tamiris Lax atua em seus atendimentos com a abordagem TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) e ABA (Análise do Comportamento Aplicada). É especialista em Perícia Psicológica e Neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.